Angélica revela ter sofrido violência sexual ao lançar Vou de Táxi

Apresentadora tinha 15 anos quando foi vítima de assédio sexual, durante uma sessão de fotos na França

Angélica revelou ter sofrido violência sexual na adolescência, no auge do sucesso com Vou de Táxi. Em entrevista ao Extra, a apresentadora relembrou um ensaio fotográfico que realizou nas ruas de Paris, aos 15 anos. Um grupo de rapazes participou da sessão e, escondidos atrás do táxi usado para o trabalho, abusaram da então cantora mirim.

“Eu estava lançando Vou de Táxi na época. Tinha 15, 16 anos. Estava em Paris fazendo fotos, porque Vou de Táxi é uma versão de uma música francesa. Eu ia participar de um festival lá. Estava na rua, com 15 anos, fazendo fotos. Vieram os franceses: ‘Quem é?’. ‘Apresentadora brasileira’. ‘Ah, é brasileira?’. Um grupo de jovens, homens, meninos passando, turistas. O fotógrafo falou assim, em francês: ‘Fiquem ali do lado dela para fazer as fotos’. Vieram atrás de um táxi amarelo aqueles meninos todos. Quando o fotógrafo falou que eu era brasileira, eles foram ficando perto de mim, se aproximando e se esfregando em mim”, recordou Angélica à advogada Luciana Temer, filha do ex-presidente Michel Temer.

“Você fica sem ação. Um dos meninos, nem sei quem é, porque fiquei parada fazendo a foto, ficou passando a mão na minha bunda, passando a mão em mim inteira. Eu atrás de um táxi, ninguém estava vendo, e eu não fiz nada! Fiquei petrificada. Primeiro, estava em outro país, eles falando uma língua que eu não conseguia entender, com 15 anos, em um assunto que a gente não fala, mas eu estava sendo ali violentada por dois, três meninos que ficavam passando a mão em mim. Ninguém viu, eu sabia e não tive reação nenhuma, não fiz nada. Acho que nunca falei isso e estou falando agora”, afirmou a apresentadora, que, mesmo envergonhada, seguiu posando para a sessão fotográfica.

“Eles saíram, continuei fazendo as fotos com uma cara meio constrangida, mas ninguém percebeu”, declarou. Após a divulgação da entrevista, Angélica retomou a triste recordação em seu perfil no Instagram.

 

“Relatei o abuso que sofri quando era menor de idade, por volta dos meus 14 e 15 anos realizando um trabalho fora do país. Até hoje me pergunto o motivo de ter ficado tanto tempo em silêncio, minimizando uma dor terrível. Hoje, com meu amadurecimento consegui ter voz e forças para relatar sobre o ocorrido”, escreveu na rede social.

 

Fonte: Paulo Pacheco/Metrópoles

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