Ana Maria Braga explica por que não revela voto nas eleições 2022
Além da posição pessoal, a apresentadora segue regras da emissora, que veta manifestações políticas em seus programas
Na contramão de vários famosos que já se posicionaram politicamente sobre a corrida à presidência, Ana Maria Braga prefere não revelar em quem votará este ano. Uma das raras exceções foi em 1998, quando declarou voto em Fernando Henrique Cardoso numa entrevista a Marília Gabriela. “Eu disse que votaria no FHC porque eu acreditava nele —e acredito até hoje”, disse Ana Maria, em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira (1/7). Ana explica que a decisão de não tirar fotos ou ir a festas de políticos “não é medo de incomodar”. “Porque tem muita gente que se expõe e continua fazendo sucesso, acertando ou não. É que os políticos prometem coisas que não tenho certeza se vão cumprir. Não coloco minha credibilidade em risco. Se eu falar, as pessoas acreditam, e nisso posso levar muita gente a quebrar a cara comigo”, argumenta a apresentadora.
Além da posição pessoal, a apresentadora segue regras da emissora, que veta manifestações políticas em seus programas, por parte dos funcionários. Eles até podem se posicionar, mas só em entrevistas ou eventos. Também são proibidos de participar de comerciais ou qualquer outro material de campanhas políticas. Ana, contudo, costuma fazer críticas veladas em seu programa — como o colar de tomate que usou na época em que Dilma Rouseff era presidente e os de arroz, cenoura, remédios, além de uma bolsa de botijão de gás, no governo de Jair Bolsonaro.
“O Louro sempre foi um alter ego meu para isso”, afirma. “Às vezes, a gente via tanta palhaçada no Bom Dia Brasil que o Louro entrava com um nariz de palhaço. A gente não dizia absolutamente nada, mas, como vínhamos depois do jornal, todo mundo entendia. É uma forma subliminar e irreverente de você dizer ‘puta que o pariu, que merda está acontecendo?’. Os colares são uma crítica independentemente do político ou do partido.”
Fonte: Ranyelle Andrade/Metrópoles