Zizi Possi lamenta mortes na pandemia: “Perdi muitas pessoas”
Cantora celebra sucesso de Sinal Fechado, primeiro lançamento desde 2018, no qual a artista revisita clássico de Paulinho da Viola
Zizi Possi celebra a boa repercussão de Sinal Fechado, releitura inédita do clássico de Paulinho da Viola, com a qual a artista quebra jejum de três anos, com lançamento no último mês. A canção fez parte do repertório de uma série de 12 shows, feitos pela cantora 10 anos atrás, em comemoração às três décadas de carreira.
Gravada originalmente em 1969, Sinal Fechado desafia o intérprete a descrever o diálogo entre dois amigos que se reencontram no trânsito, e é ressignificada em tempos de distanciamento social. Recuperada de problemas na coluna, que a fizeram sofrer com fortes dores por anos, Zizi não vê a hora de rever seu amigo mais íntimo: o palco.
“Voltar aos palcos sempre é um sonho, porque quando eu estou no palco sinto que eu estou na minha casa. Tenho nostalgia de estar em lá e isso independe de pandemia ou de qualquer coisa, o palco sempre faz bem para minha saúde”, declara Zizi.
Para minimizar a ausência de shows presenciais, a intérprete chegou a fazer algumas lives no início da quarentena, mas confessa que não se adaptou ao formato. “Acho que elas são legais, mas não tanto quanto o palco. Não só pela falta da presença física da plateia, mas como pelo próprio teor da apresentação, que parece mais um programa de televisão ao vivo, onde não cabe tanto esmero, o timing é outro. É legal fazer de vez em quando, mas eu não me identifico”, disse ao Metrópoles.
Em casa, enquanto espera receber a segunda dose da vacina, em julho, Zizi Possi vê com tristeza o ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. “Perdi muitas pessoas, muita gente perdeu”. A cantora espera que todo o esforço dos cientistas, para o desenvolvimento de imunizantes, seja “recompensado”, com a proteção de toda a população.
Sem planos
Enquanto o futuro é encoberto por incertezas, Zizi evita fazer planos a longo prazo. A artista tem a pretensão de lançar mais um ou dois singles, ainda este ano, gravados antes da pandemia e inéditos na sua voz. “O jeito de fazer música precisa achar alguma estrutura para eu saber como me colocar nisso. Os projetos também passam pelo mesmo critério, prefiro esperar que as coisas voltem um pouquinho mais a liberdade, para ver que cara que o mundo vai ter e aí eu me coloco”, explica.
“Não consigo pensar em um futuro olhando para o modelo do passado. Estou esperando que o futuro, ou pelo menos o cheiro do futuro esteja um pouquinho no presente”, conclui.
Fonte: Raquel Martins Ribeiro/Metrópoles