Paraná recebe certificação da eliminação do HIV e selo bronze por controle da sífilis
O evento ocorreu no auditório Tribunal de Contas da União, em Brasília
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu nesta sexta-feira (08) a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e o Selo Bronze de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis. O reconhecimento pelo Ministério da Saúde (MS) aconteceu após o Estado ter cumprido todas as metas estipuladas para a certificação. O evento ocorreu no auditório Tribunal de Contas da União, em Brasília.
A Transmissão Vertical (TV) ocorre quando a doença passa da mãe para o filho no útero ou durante o parto. Quando seguidos as orientações e tratamentos recomendados durante o pré-natal, parto e pós-parto, mães que vivem com o HIV têm 99% de chance de não passar o vírus ao filho.
“Este reconhecimento é muito importante para a melhoria da promoção da saúde e o controle do HIV e sífilis de toda população paranaense, principalmente das mulheres e crianças”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “O Paraná é um dos primeiros estados a passar por essa certificação e vamos continuar trabalhando junto aos municípios para diminuir cada vez mais a possibilidade desta transmissão”.
De acordo com a secretária-adjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério, Angelica Espinosa Barbosa Miranda, o Paraná segue sendo protagonista na eliminação vertical do HIV e sífilis.
“Já era esperado que o Paraná fosse um dos estados a receber a certificação de eliminação da transmissão vertical do HIV e o selo de boas práticas para sífilis. O bom trabalho realizado junto aos municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes resultou em vários deles já com a certificação, isso nos traz a certeza do sucesso das ações realizadas pelo Estado”, afirmou.
“É uma satisfação receber o Paraná aqui para essa certificação, pois é um Estado protagonista das ações da transmissão vertical. Esperamos continuar com essa parceria de sucesso por muitos anos”, disse Maria Clara Gianna, médica sanitarista do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde.
AÇÕES – Desde 2019, o Paraná desenvolve diversas estratégias voltadas à redução do risco de exposição, como monitoramento, busca ativa dos casos, qualificação do banco de dados, compartilhamento de informações, capacitações, distribuição de insumos para prevenção e disponibilização de testes rápidos para detecção precoce disponibilizados nos 399 municípios do Estado.
“Com trabalho articulado e apoio de todos os profissionais envolvidos na promoção, atenção e vigilância em saúde, é possível qualificar e melhorar cada vez mais a saúde prestada às nossas crianças, mulheres e toda população. Seguimos avançando nesta qualificação da assistência prestada em todo Paraná”, ressaltou a chefe da Divisão de Doenças Crônicas ISTs, Mara Franzolozo, da Secretaria da Saúde.
DESTAQUE – Em 2017, o Paraná foi destaque nacional por ser o primeiro Estado a receber a certificação da eliminação da Transmissão Vertical do HIV, no município de Curitiba. Em 2022, por meio do município de Guarapuava, figurou como o primeiro Estado a receber dupla certificação da eliminação Vertical do HIV e sífilis.
Os municípios de Umuarama, Pinhais, Maringá e Ponta Grossa também possuem a certificação da eliminação Vertical do HIV. Pinhais, Curitiba, e Umuarama já possuem o selo prata de boas práticas para a eliminação da sífilis.
Na ocasião, os municípios paranaenses de Arapongas, Apucarana, Almirante Tamandaré, Colombo, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo também receberam a certificação e/ou o selo de boas práticas para a eliminação.
CERTIFICAÇÃO – A Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical é uma das estratégias do Ministério da Saúde de fortalecimento da vigilância em saúde e aprimoramento das ações de prevenção, diagnóstico, assistência e de tratamento das gestantes e das crianças.
Entre os critérios para obter a certificação estão os indicadores de impacto como incidência de sífilis congênita, incidência de infecção pelo HIV em crianças, taxa de transmissão vertical de HIV e indicadores de processo como proporção de gestantes com pelo menos quatro consultas de pré-natal, proporção de gestantes com pelo menos um teste de HIV e/ou sífilis durante o pré-natal, proporção de gestantes em uso de terapia anti-retroviral (TARV) e proporção de gestantes com tratamento adequado para sífilis.
“Esta é uma luta que inclui todas as ações da Linha de Cuidado Materno Infantil. O Paraná atende a todos esses critérios e é ainda o Estado que realiza o maior número de consultas de pré-natal por gestante, sendo que 86,10% das grávidas paranaenses fizeram sete ou mais consultas pelo SUS somente neste ano. O trabalho não para, e vamos cada vez mais buscar a qualificação e a excelência da assistência prestada em todo Estado”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
Fonte: AEN