Marília Mendonça tem 98 músicas registradas sem gravação

Levantamento mostra que ainda há muita música inédita da cantora, que morreu em queda de avião

Um levantamento feito pelo Fantástico mostrou que Marília Mendonça era intensa nas composições. Apenas escrevendo músicas por grande parte de sua carreira, a Rainha da Sofrência tem 98 obras registradas que ainda não foram interpretadas por nenhum cantor.

As obras, registradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), nunca viram a luz do sol e ainda não foram gravadas. A maioria dessas letras foi escrita antes de 2017, época em que Marília começou a se dedicar a carreira de cantora e deixou a escrita em segundo plano. As canções tinham a coautoria de Juliano Tchula.

Renno Poeta, autor de grandes hits de Marília Mendonça como Todo Mundo Vai Sofrer e Esqueça-me Se For Capaz, explicou que essa prática é comum no mundo da música. “Claro que a gente, como autor, queria que tudo que produzisse fosse gravado. Mas nem sempre acontece. Às vezes ela acaba mostrando para outros artistas, vai passando, vai passando, e acaba que cai no esquecimento”, explicou.

O número de músicas gravadas por outros artistas também chama atenção. Ao todo, foram 331 composições, sendo 152 interpretadas por outros cantores, entre eles Henrique e Juliano, Jorge e Mateus, Gusttavo Lima, Zé Neto e Cristiano, Luan Santana, Cristiano Araújo, Matheus e Kauan, Lucas Lucco, Israel e Rodolffo.

Mas não foi só no sertanejo que eles emplacaram. Marília Mendonça e Juliano Tchula também estavam presentes no forró, no brega e no pop nas vozes de Márcia Fellipe, Wesley Safadão, Joelma, Gabriel Diniz, Aviões do Forró, Solange Almeida e Claudia Leitte.

Apesar de incrível, esse número não para por aí. A Workshow, a empresa goiana que cuidava de toda a carreira da artista, informou que há um grande volume de material a ser catalogado, mas não informou a quantidade. No site da Associação Brasileira de Música e Artes também há nove músicas registradas por Marília Mendonça que ainda não se tornaram públicas.

 

Fonte: Gabriel Lima/Metrópoles

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